domingo, 27 de março de 2011

Comunicação e mediação tecnológica



Atenção passageiros internáuticos, tentarei agora acoplar duas experiências diferentes, porém, próximas no âmbito espaço-temporal.

Para os meus colegas do curso de " Formação Pedagógica, Tecnológica e de Gestão em EaD" apresento este blog que criei em 2010 para trabalhar a disciplina de Leitura Crítica das Mídias com a turma do 1º ano do curso de Comunicação Social/Audiovisual da UEG (em breve, as atividades de 2011 provocará a atualização do blog). Aos meus alunos da UEG, navegantes desses espaços, esclareço que este post é parte das atividades provocadas pelo módulo "Comunicação e mediação tecnólogica", do curso ao qual me referi anteriormente, sendo este ministrado pelo professor Cleomar Rocha.

Educação e Comunicação

As discussões suscitadas acerca do tema "comunicação e mediação tecnológica" me conduziram a refletir sobre a proximidade ou, melhor dizendo, a indissocialibilidade  entre comunicação e educação. A prática educativa é um ato comunicativo. Desde as formas mais prosaicas de educação como sendo a transmissão de conhecimento de gerações mais antigas às mais novas até a compreensão de educação como conhecimento compartilhado, podemos situar a experiência da educação como eminentemente comunicativa.

O problema é que historicamente o ensino formal tratou de dissociar uma coisa da outra. O conhecimento ficou fixado no currículo, literalmente, preso em uma grade curricular. À despeito da rigidez do ensino formal, a comunicação seguiu se reinventado por meio de recursos tecnológicos que reconfiguraram a noção de tempo-espaço e por isso mesmo implementou novas práticas comunicativas.

Como uma prática comunicativa, a educação depende do encontro, aqui entendido como o contato necessário à troca. A meu ver, não há educação qualitativamente comunicativa sem contato e o que podemos constatar é que isso independe da presencialidade, assim como não se propicia o contato entre pessoas apenas como uma consequência natural do uso de recursos tecnológicos.

A educação massiva (não dialógica) é um fenômeno já rotineiro no ensino presencial. Constituiu-se historicamente como uma comunicação de um (professor) para muitos (a classe). Transposta para a modalidade a distância, como tão bem frisou o professor Cleomar, a educação massiva potencializa-se.

Comentei que esse este blog era meu protótipo de módulo H, porque dele me utilizo para ampliar as experiências de sala, conhecer melhor meus alunos em outros ambientes, aprofundar discussões que não se esgotaram nas aulas, provocar meus alunos a criar, produzir conteúdos, compartilhar conteúdos disponíveis na internet, enfim, aprender a comunicar, comunicar o que aprendeu e colaborar com o aprendizado do outro.

O conhecimento colaborativo, tão próprio da web 2.0, talvez seja o prenúncio de novas possibilidades de conciliação entre educação e comunicação. E, de fato, a "educação 2.0" prefigura uma nova mentalidade e reconfigura o ato de ensinar e aprender.



Análise SWOT

Segundo Rocha, a Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.

O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

Análise SWOT do blog "lcmidias"

Forças: Ponto de encontro entre os alunos da disciplina de Leitura Crítica das Mídias do curso de Audiovisual. Espaço para o compartilhamento de ideias e aprofundamento de discussões relativas às mídias. Espaço para a produção colaborativa de conhecimento.  

Fraquezas: O blog esta "desconectado" das redes sociais para onde afluem a maioria dos alunos e internautas em geral. Como ferramenta para produção colaborativa apresenta limitações técnicas.


Oportunidades: Tornar-se efetivamente um Ambiente de Gestão de Aprendizagem.

Ameaças: O blog não tem uma sistema que comunique automaticamente aos seus seguidores as atualizações nele realizadas. O número de acessos é reduzido, se considerado os números superlativos da web.

Afinal, o que Jerome Armstrong falou?

Na sexta-feira (25/03) esteve no auditório da FAV, Jerome Armstrong. O bate-papo pode ser acompanhado pelo twitter e está disponível no link @eventoslime

Da conversa que durou quase 2 horas, em minha opinião, a melhor questão foi levantada por um estudante que perguntou se ele (Armstrong) trabalha com "ativismo ou negócio". Sim, no Brasil estas palavras tem conotações muito distintas. O que entendemos por aqui como sendo ativismo, tem invariavelmente uma finalidade social, o que é muito diferente do ativismo político americano ao qual Armstrong se referia. Nesse sentido, o trabalho dele como ativista é um negócio, is business.

A conversa, um tanto evasiva, careceu de uma melhor apresentação da empresa de Armstrong, qual (conceitual e metodologicamente) seu modelo de negócios. Na falta de uma palestra assim sistematizada, dado o seu caráter de bate-papo, então que nos fossem apresentados mais cases, assim poderíamos nos "entreter" com a sua experiência profissional.