segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O projeto WAL



Entre os dias 01 e 08 de dezembro, os alunos do 1º ano do curso de Comunicação Social/Audiovisual da UEG experimentaram, na disciplina Leitura Crítica das Mídias, ministrada por mim (Jô Levy), a produção coletiva de uma narrativa audiovisual um pouco diferente, chamada Wal. A proposta consistiu na elaboração e realização de uma narrativa não-linear, assíncrona e disponível na web. A realização do projeto Wal foi possível por meio da utilização da ferramenta Google Maps e da criação de um evento na rede social Facebook.



Visualizar Wal em um mapa maior

A personagem virtual Wal é uma aluna do curso de Audiovisual da UEG. A trama começa quando ela recebe uma mensagem de texto em seu celular informando que ela não é quem pensa que é. Na ocasião ela está no teatro de arena da Unidade Laranjeiras da UEG, em Goiânia. A próxima mensagem, sempre anônima, informa que ela não está onde pensa que está, mas que ela pode descobrir onde está se souber o que significa "pervasivo". Em uma de suas aulas de Leitura Crítica das Mídias ela assiste a um vídeo que parece sugerir o que seja "pervasivo". Depois ela descobre que está sendo vigiada. Nesse momento da "trama" diversas fotos de câmeras de segurança são indexadas no mapa. As fotos foram tiradas em Goiânia pelos alunos da disciplina .
Alunos de LCM e Jô Levy no teatro de arena da UEG-Goiânia Laranjeiras,
ponto de partida de Wal
No dia seguinte, ela recebe a seguinte mensagem: "Compartilhe o que vc está sentindo, Wal". Solicitação típica do Facebook para a atualização do mural dos usuários. Nesse sentido, passamos a analisar o que se compartilha no mural do Facebook e em que medida muitos espaços da cidade constituem-se como "murais", por meio dos quais encontramos anotações urbanas, expressões de sentimentos e opiniões as mais diversas. As fotos indexadas nesta etapa corresponderam a anotações urbanas encontradas no perímetro da grande Goiânia.

Wal ainda recebeu uma mensagem codificada, um QR Code com a mensagem: "decifra-me ou te devoro". Com a digitalização das informações, cada vez mais somos expostos a códigos, sendo a própria linguagem digital estruturada em código binário. Desse modo, os códigos funcionam como interfaces entre o mundo físico e o mundo virtual. Assim, começamos a visualizar com mais clareza que a Wal parece existir no ciberespaço, ao mesmo tempo seus itinerários estão geolocalizados na cidade. Passamos a refletir que o ciberespaço e a cidade constituem um espaço híbrido e interconectado. Então, advém a questão, afinal quem é Wal? A este último enigma o internauta que seguiu os itinerários propostos pela trama ao tentar encontrar a resposta se depara com um link que remete ao seu próprio perfil no Facebook, numa resposta clara de que na sociedade contemporânea, em alguma medida, somos todos Wal.



sábado, 16 de junho de 2012

Boas perspectivas para o audiovisual brasileiro





A Lei 12.485 regulamenta o serviço de TV por assinatura no Brasil (Serviço de Acesso Condicionado - SeAC) e abre boas perspectivas para a produção audiovisual brasileira. 


O que muda
  • As operadoras de telefonia passam a ter permissão para oferecer serviços de TV por assinatura.
  • Possível redução no preço dos pacotes de serviços de TV paga  e também acesso à internet de banda larga, em função da entrada de mais empresas no mercado e da livre concorrência, bem como incentivo do governo para a modernização das redes de infraestrutura também no interior do país. 
  • Aumento da arrecadação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA)  para 400 milhões por ano. Para saber o que é e como funciona o FSA, clique aqui
  • Instituição de cotas de programação nacional.

Aumento da produção audiovisual brasileira


- Qual é o percentual relativo às cotas de conteúdo brasileiro previsto na lei?
Os canais que exibem predominantemente filmes, séries, animação, documentários (chamados de canais de espaço qualificado) passam a ter a obrigação de dedicar 3 horas e 30 minutos semanais de seu horário nobre à veiculação de conteúdos audiovisuais brasileiros, sendo que no mínimo metade deverá ser produzida por produtora brasileira independente. Haverá, portanto, uma demanda por 1.070 horas anuais de conteúdos nacionais e independentes inéditos.



- O que é espaço qualificado?
A Instrução Normativa 100 da ANCINE que regulamentou a Lei 12.485 define espaço qualificado como espaço total do canal de programação, excluindo-se conteúdos religiosos ou políticos, manifestações e eventos esportivos, concursos, publicidade, televendas, infomerciais, jogos eletrônicos, propaganda política obrigatória, conteúdo audiovisual veiculado em horário eleitoral gratuito, conteúdos jornalísticos e programas de auditório ancorados por apresentador.



- Qual será o horário nobre na TV por assinatura?
A Instrução Normativa 100 estabeleceu o horário nobre, nos canais direcionados para crianças e adolescentes das 11h às 14h e das 17h às 21h; para os demais canais, das 18h às 24h. (fonte: ANCINE)



Saiba mais o que muda com a nova lei, clique aqui.


Bom momento para as produtoras independentes


O que são produtoras independentes?

Segundo a Lei 12.485, uma produtora independente deve cumprir os seguintes requisitos, cumulativamente:

a) não ser controladora, controlada ou coligada a programadoras, empacotadoras, distribuidoras ou concessionárias de serviço de radiodifusão de sons e imagens;

b) não estar vinculada a instrumento que, direta ou indiretamente, confira ou objetive conferir a sócios minoritários, quando estes forem programadoras, empacotadoras, distribuidoras ou concessionárias de serviços de radiodifusão de sons e imagens, direito de veto comercial ou qualquer tipo de interferência comercial sobre os conteúdos produzidos;

c) não manter vínculo de exclusividade que a impeça de produzir ou comercializar para terceiros os conteúdos audiovisuais por ela produzidos.



No Brasil, existem cerca de 150 produtoras consideradas principais. Elas atuam no mercado cinematográfico, televisivo, publicitário e de conteúdo digital. A maioria está em São Paulo e Rio de Janeiro. Espera-se com a nova lei  que mais produtoras entrem no mercado e que outras se consolidem em outros estados para atender à demanda de conteúdos das TV por assinatura.

Produtoras brasileiras
ABPITV - Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão
Filme B - Lista de produtoras

Quem é quem no mercado da TV por assinatura

A operadora — ou multioperadora, já que muitas trabalham também com Internet e outros tipos de transmissão de dados — é a companhia que oferece o pacote de canais para o usuário, quem detém o meio de difusão. Por exemplo, são duas conhecidas operadoras de TV a cabo no Brasil a NET e a TVA. Já a Sky atua na TV por satélite.

As programadoras são as responsáveis por veicular os canais às operadoras. Elas comercializam os direitos de transmissão de determinados canais. Discovery Channel, Discovery Home&Health, Discovery Kids e Discovery Travel&Living, por exemplo, são produtos da programadora Discovery Networks.

Os canais. Cada um deles pode ter programação exclusiva ou compartilhada. Se uma programadora for detentora de dois ou mais canais, ela pode, por exemplo, passar o mesmo programa em grades distintas. SporTV e SporTV2 ou Fox, Fox Life e FX, não raro, compartilham eventos, programas, séries e filmes. (fonte: UOL tecnologia)


O que as TVs por assinatura acham da nova lei 


No Brasil, a NET (empresa mexicana) responde por 45, 9% do mercado brasileiro, seguida pela SKY (empresa americana associada à Globo) com 30, 9%, Telefonica com 4,9% e Big TV, TV Cidade , Oi TV e outras. Esses são dados de 2011 informados pela Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA).
A SKY entrou com uma ação na Justiça Federal questionando a constitucionalidade da nova legislação, por entender que tal "imposição é inconstitucional, na medida em que viola os princípios da liberdade nos meios de comunicação, da liberdade de expressão, da livre iniciativa e da defesa do direito do consumidor". A empresa produziu um vídeo, no qual atletas do quilate de Giba conclamam os assinantes a se manifestarem contra a nova lei.



Se você leu este post até aqui já deve ter concluído que a SKY faz uma interpretação equivocada lei. Um professor do Programa de Pós-graduação da Escola de Comunicação da UFRJ rebate os argumentos da SKY e diz ponto a ponto por que "a Sky mente", veja aqui o confronto.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Exercício de produção de conteúdo

Com o  objetivo de levar os alunos  a experimentar o processo de elaboração de conteúdo informativo para a web, os alunos do 1º ano do curso de Comunicação Social/Audiovisual foram instigados a produzir pequenas matérias de temática livre sobre a Unidade da UEG de Goiânia-Laranjeiras. O resultado pode ser conferido nos textos a seguir.


Fotos: Camila Peixoto

A nova gestão do C.A.
Neste ano de 2012 foi eleita a nova equipe gestora do Centro Acadêmico Silvio Medeiros do curso de Comunicação Social/Audiovisual da UEG composta por Erika Cristina (presidente), Ernesto Rheinboldt (vice-presidente), Jessica Gomes (primeira secretaria), Aristóteles Cardoso (segundo secretario), Fernando Santalucia (tesoureiro), Ricardo Nogueira (Diretor de comunicação) e Antonio Henrique (conselheiro).
O Centro Acadêmico (C.A.) tem a função de representar os alunos perante a universidade, além de verificar as necessidades do curso e buscar melhorias.

A presidente, Erika Cristina, explica que essa gestão é composta por alunos de  todas  as turmas, exceto do primeiro ano, e desde que assumiram já colocaram a mão na massa. Já foram produzidas as carteirinhas de estudantes e as camisetas do curso que levantaram fundos para futuros projetos como o aterramento do estúdio de som, que tem gerado ruído nas gravações. Outro investimento é a aquisição de um croma key para o estúdio. Uma importante conquista foi a aquisição do forno de microondas, que veio beneficiar tanto os alunos, quanto os funcionários do curso. Para a compra do forno foi realizada uma campanha para a arrecadação de dinheiro. O personagem Cabeção Dafuq, criado pelo aluno do 3º ano Larry Sullivan, foi o garoto-propaganda de dois vídeos promocionais. Confira!


Essa gestão do C.A. não é o tipo política que promete muitas coisas, o que a gente quis e propôs, desde o início, foi verificar as demandas dos alunos e realizar o que está ao nosso alcance”, comenta Erika.

Vale lembrar que essa entidade representativa dos alunos deixa de ser importante se não existir o empenho e comprometimento de todos, então se candidatem , participem e cobrem!

Alunos: Warley, Wadson, Amanda, Livia e Francisco

Que tal um torneio esportivo?
A Unidade Universitária da UEG de Goiânia-Laranjeiras possui uma quadra poliesportiva  disponível para todos os alunos, porém este espaço não é muito utilizado pelo corpo discente, tornando-se assim, na maioria das vezes, um ambiente esquecido.  
Segundo a coordenadora administrativa da Unidade Laranjeiras, Cida Queiróz,  existem parcerias com algumas escolas vizinhas para a utilização da quadra esportiva uma vez por semana. O local também é utilizado, eventualmente,   por crianças da região.
Fica aqui a sugestão para que os alunos do curso de Comunicação Social/Audiovisual busquem aproveitar este espaço para atividades coletivas de lazer, como um torneio esportivo  interclasses, por exemplo. A proposta está lançada, alguém se candidata?

Alunos: Wilma Morais, Matheus Victorino, Andreia Rios, Felipe Reitter


Arte Contemporânea na UEG

Muitas pessoas ao chegarem à Unidade da UEG de Goiânia- Laranjeiras no fim de 2011 se surpreenderam com a decoração inusitada de algumas áreas da faculdade: a escada elétrica, a árvore de alumínio e a de lã. Hoje ainda restam alguns vestígios dessas obras, afinal muitas se desfizeram por causa da ação do tempo.
As criações são parte de um projeto da disciplina de História da Arte, ministrada pela professora Marla Cardoso. O objetivo era criar impacto no público e levar os alunos a experimentar a arte contemporânea por meio de instalações e intervenções artísticas que aliassem o humano ao meio ambiente.



A "Árvore de Alumínio", por exemplo, é uma releitura do quadro "Árvore Vermelha", de Piet Mondrian (1872-1944). É interessante observar que essa obra em especial tem sempre uma maneira particular de ser vista, pois ela se transforma conforme a iluminação do ambiente.






O projeto foi um sucesso. A idéia foi aceita pelo corpo docente e discente e muitos se encantaram com as mesmas.

Além de atingir o objetivo inicial do trabalho, o projeto permitiu que os alunos envolvidos criassem uma identidade para o curso, pois as obras têm a cara do audiovisual.

       
          Árvore Vermelha, Piet Mondrian, óleo sobre tela,   1908

Alunos: Adrielly, Andressa, Ana Clara, Barbara, Muryllo, Yasmin.

Nada de lanche

Atualmente os alunos da Unidade da UEG de Goiânia-Laranjeiras, que querem lanchar no intervalo entre aulas, devem percorrer uma distância considerável até a primeira lanchonete.
No turno matutino, a cantina que deveria funcionar está fechada. Os motivos foram averiguados e segundo a Coordenadora Administrativa da Unidade, Cida Queiróz,  a cantina funcionava no matutino,  entretanto, em decorrência de algumas críticas a respeito da higiene e atendimento, o fornecedor cessou as atividades.  Depois disso, a coordenadora diz que já houve interesse por parte de alguns fornecedores em participar da licitação para assumir a cantina, mas quando verificavam que a demanda de alunos é muito pequena, logo desanimavam. 
Desde setembro de 2011 a cantina na parte da manhã está desativada. Logo após o seu fechamento, o C.A. assumiu o fornecimento de lanches durante a SAU (Semana do Audiovisual da UEG). 
No período noturno a cantina tem funcionado e vários alunos do matutino questionam o motivo dessa diferenciação. A coordenadora explica que no noturno há por parte dos alunos uma fidelidade de consumo diário. Segundo Queiróz, quando houve uma tentativa da vendedora do noturno de se apresentar no matutino, poucos estudantes tiveram interesse nos lanches.
A responsável administrativa afirmou que irá continuar com as providências para reabrir a cantina  e não descarta a possibilidade de tentar por uma segunda vez expandir para o matutino a parceria com a vendedora do noturno: "só depende dos alunos", completa.
Alunos: José Alfredo, Camila Lessa, João Oliveira, Henrique Rodrigues e Nikolly dos Santos

quarta-feira, 14 de março de 2012

O que é ética hoje ? *

Sem uma discussão lúcida sobre a ética não é possível agir com ética
Marcia Tiburi


A palavra ética aparece em muitos contextos de nossas vidas. Falamos sobre ética em tom de clamor por salvação. Cheios de esperança, alguns com certa empáfia, exigimos ou reclamamos da falta de ética, mas não sabemos exatamente o que queremos dizer com isso. Há um desejo de ética, mas mesmo em relação a ele não conseguimos avançar com ética. Este é nosso primeiro grande problema.

O que falta na abordagem sobre ética é justamente o que nos levaria a sermos éticos. Falta reflexão, falta pensamento crítico, falta entender “o que é” agir e “como” se deve agir. Com tais perguntas é que a ética inicia. Para que ela inicie é preciso sair da mera indignação moral baseada em emoções passageiras, que tantos acham magnífico expor, e chegar à reflexão ética. Aqueles que expõem suas emoções se mostram como pessoas sensíveis, bondosas, crêem-se como antecipadamente éticos porque emotivos. Porém, não basta. As emoções em relação à política, à miséria ou à violência, passam e tudo continua como antes. A passagem das emoções indignadas para a elaboração de uma sensibilidade elaborada que possa sustentar a ação boa e justa - o foco de qualquer ética desde sempre - é o que está em jogo.

Falta, para isso, entendimento. Ou seja, compreensão de um sentido comum na nossa reivindicação pela ética. Falta para se chegar a isso, que haja diálogo, ou seja, capacidade de expor e de ouvir o que a ética pode ser. Clamamos pela ética, mas não sabemos conversar. E para que haja ética é preciso diálogo. E por isso, permanecemos num círculo vicioso em que só a inação e a ignorância triunfam.

Na inanição intelectual em voga, esperamos que os cultos, os intelectuais, os professores, os jornalistas, todos os que constroem a opinião pública, tragam respostas. Nem estes podem ajudar muito, pois desconhecem ou evitam a profundidade da questão. Há, neste contexto, quem pense que ser corrupto não exclui a ética. E isso não é opinião de ignorantes que não freqüentaram escola alguma, mas de muitos ditos “cultos” e “inteligentes”. Quem hoje se preocupa em entender do que se trata? Quem se preocupa em não cair na contradição entre teoria e prática? Em discutir ética para além dos códigos de ética das profissões pensando-a como princípio que deve reger nossas relações?

Exatamente pela falta de compreensão do seu fundamento, do que significa a ética como elemento estrutural para cada um como pessoa e para a sociedade como um todo, é que perdemos de vista a possibilidade de uma realização da ética. A ética não entra em nossas vidas porque nem bem sabemos o que deveria entrar. Nem sabemos como. Mas quando perguntamos pela ética, em geral, é pelo “como fazemos para sermos éticos”, que tudo começa. Aí começa também o erro em relação à ética. Pois ético é o que ultrapassa o mero uso que podemos fazer da própria ética quando se trata de sobreviver. Ética é o que diz respeito ao modo de nos comportamos e decidirmos nosso convívio e o modo como partilhamos valores e a própria liberdade. Ela é o sentido da convivência, mais do que o já tão importante respeito do limite próprio e alheio. Portanto, desde que ela diz respeito à relação entre um “eu” e um “tu”, ela envolve pensar o outro, o seu lugar, sua vida, sua potencialidade, seus direitos, como eu o vejo e como posso defendê-lo.

A Ética permanece, porém, sendo uma palavra vã, que usamos a esmo, sem pensar no conteúdo que ela carrega. Ninguém é ético só porque quer parecer ético. Ninguém é ético porque discorda do que se faz contra a ética. Só é ético aquele que enfrenta o limite da própria ação, da racionalidade que a sustenta e luta pela construção de uma sensibilidade que possa dar sentido à felicidade. Mas esta é mais do que satisfação na vida privada. A felicidade de que se trata é a “felicidade política”, ou seja, a vida justa e boa no universo público. A ética quando surgiu na antiguidade tinha este ideal. A felicidade na vida privada – que hoje também se tornou debate em torno do qual cresce a ignorância - depende disso.

Por isso, antes de mais nada, a urgência que se tornou essencial hoje – e que por isso mesmo, por ser essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como uma trabalho da lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o bem de todos esteja realmente em vista.


* Publicado no Jornal O Estado de Minas, Domingo, 22 de abril de 2007

domingo, 4 de março de 2012

Mapas imaginários de Goiânia

Durante o mês de novembro de 2011, os alunos de Leitura Crítica das Mídias foram desafiados a se tornarem cartógrafos da cidade de Goiânia para a realização do projeto "Mapas imaginários: um olhar diferente sobre a cidade de Goiânia".

Na perspectiva de que novas mídias produzem novas espacialidades, os alunos munidos com celulares, câmeras digitais e utilizando a ferramenta Google Mapas elaboraram 10 mapas com itinerários diferentes, alguns inusitados e outros reveladores.

Apesar dos resultados híbridos, é possível notar que os mapas seguiram três tendências, sendo que na maioria dos casos, pelo menos uma foi mais preponderante. Temos os mapas de caráter etnográfico, que trazem personagens reais captados (em fotos e vídeos) enquanto transitavam por lugares comuns e cotidianos ou estavam neles inseridos. Outros mapas descrevem rotas que servem como novos guias para quem quer se achar ou "se perder". E ainda, os mapas que fazem uma espécie de recorte investigativo em um determinado lugar da cidade, buscando encontrar marcas que ajudem a revelar um pouco da alma daquele espaço.

Os mapas
  1. A avenida Goiás viva - Marcos, Jadson e Diou
  2. Os trabalhadores invisíveis da Avenida Anhanguera - Lidianne, Kellen e Ana Kamila
  3. Lazer no Garavelo - Vanessa Goveia, Victor, Lorena e Gabriel
  4. Trajeto temporal para UEG - Pablo, Thomaz e Daniela
  5. Faculdades de Comunicação e o mercado de trabalho - Micael, Tamara e Jefférson
  6. Novo Mundo: um mundo de igrejas - Vitória e Thalita
  7. Zona de convivência próxima a faculdades - Antônio, Ernesto e Gusthavo
  8. Goiânia alternativa - Vanessa Perotoni, Ricardo e Kássia
  9. Avenida Rio Verde - Matheus e Débora
  10. Nada do que foi será - Tayrini e Flávia
Um mapa

A Avenida Goiás Viva
Não vá ao Flamboyant - Vá à Avenida Goiás
A vida pulsa na Avenida Goiás.
É preciso saber ver e sentir. É preciso parar quando o sinal fechar, é preciso deixar quando o sinal abrir. É preciso escrever no mapa, é preciso beijar o chão, mas cuidado... É preciso andar pelo quadrado e riscar os becos.
Autores: Marcos, Jadson e Diou

Para ampliar o mapa é só clicar sobre ele duas vezes. Para navegar pelo mapa pressione o cursor do mouse sobre o mapa e arraste. Se preferir visualizar em um mapa maior, é só clicar no link no fim da página.



Visualizar A Avenida Goiás Viva em um mapa maior

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

QR Code, você ainda vai usar

Na última aula de LCM falamos sobre QR Code. O jornal A Tarde, da Bahia, passou a integrar esses códigos nas páginas do jornal. Vejam o vídeo.



O aluno de Teorias da Comunicação, Ricardo Nogueira, enviou um link para uma matéria que informa que na Coreia do Sul, a empresa Tesco criou um supermercado virtual em um metrô usando apenas imagens dos produtos com QR Code. Você usa seu celular para identificar o preço, já faz o pagamento online e recebe o produto em casa.

http://comunicadores.info/2011/09/18/tesco-cria-supermercado-virtual-em-metro-usando-qr-code/

Para gerar QR Codes é só buscar na internet por "QR Codes generation". Aqui um site com este recurso.

http://qrcode.kaywa.com/

Para baixar um aplicativo para o seu celular (smartphone)busque por "QR Code reader".

Descubram o que está escrito aqui.

qrcode

domingo, 16 de outubro de 2011

Mídias locativas e mapas imaginários

Os alunos de LCM vão redesenhar o mapa de Goiânia. Estamos realizando o projeto "Mapas imaginários: um olhar diferente sobre a cidade de Goiânia". Serão elaborados 10 mapas com itinerários inusitados e lugares vistos por novos ângulos.

O objetivo do projeto é ampliar o debate sobre a reconfiguração de territórios, deslocamentos e fluxos em função das mídias, ou seja, as mídias conformam nossa percepção de espaço? É correto afirmar, segundo André Lemos (2009), que novas mídias produzem novas espacialidades?

Acompanhem a expedição desses novos cartógrafos!


Exibir mapa ampliado