quarta-feira, 19 de outubro de 2011

QR Code, você ainda vai usar

Na última aula de LCM falamos sobre QR Code. O jornal A Tarde, da Bahia, passou a integrar esses códigos nas páginas do jornal. Vejam o vídeo.



O aluno de Teorias da Comunicação, Ricardo Nogueira, enviou um link para uma matéria que informa que na Coreia do Sul, a empresa Tesco criou um supermercado virtual em um metrô usando apenas imagens dos produtos com QR Code. Você usa seu celular para identificar o preço, já faz o pagamento online e recebe o produto em casa.

http://comunicadores.info/2011/09/18/tesco-cria-supermercado-virtual-em-metro-usando-qr-code/

Para gerar QR Codes é só buscar na internet por "QR Codes generation". Aqui um site com este recurso.

http://qrcode.kaywa.com/

Para baixar um aplicativo para o seu celular (smartphone)busque por "QR Code reader".

Descubram o que está escrito aqui.

qrcode

domingo, 16 de outubro de 2011

Mídias locativas e mapas imaginários

Os alunos de LCM vão redesenhar o mapa de Goiânia. Estamos realizando o projeto "Mapas imaginários: um olhar diferente sobre a cidade de Goiânia". Serão elaborados 10 mapas com itinerários inusitados e lugares vistos por novos ângulos.

O objetivo do projeto é ampliar o debate sobre a reconfiguração de territórios, deslocamentos e fluxos em função das mídias, ou seja, as mídias conformam nossa percepção de espaço? É correto afirmar, segundo André Lemos (2009), que novas mídias produzem novas espacialidades?

Acompanhem a expedição desses novos cartógrafos!


Exibir mapa ampliado

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mídias sociais em questão



Por ocasião do seminário "Mídias Sociais e novas possibilidades de comunicação via internet", dentro da 11ª Goiânia Mostra Curtas, discutiu-se novas alternativas para a distribuição de filmes, o que o professor da PUC-SP, Marcus Bastos, chamou de distribuição online. Sérgio Basbaum, também professor da PUC-SP, observou que a suposta democratização de canais como o YouTube favorece a produção de vídeos sem qualidade, uma vez que falta repertório cultural aos produtores de ocasião que surgem no mundo todo. A artista do ResTelinha, Kelly Lima, que estava na plateia, discordou do argumento de Basbaum e disse que a possibilidade de expressão que a internet confere às pessoas é algo mais significativo, do que o julgamento de valor imposto por parâmetros estéticos.

Leandro Reinaux, sócio-fundador do tuit.in, empresa que atua no monitoramento e análise de mídias sociais, confirmou o que já se supunha, isto é, os hábitos de navegação dos internautas são rastreados sistematicamente, o que garante a amostragem de perfis que alimentam ações de marketing cada vez mais específicas e certeiras. Com a participação da plateia discutiu-se ainda sobre as novas gerações, sua relação com as mídias sociais e a necessidade de repensar o modelo de educação existente no Brasil. Ampliando esta temática o que permaneceu como uma inquietação para os presentes é a constatação de uma nova relação da sociedade com a produção e circulação do conhecimento, incluído aí o audiovisual como um tipo de conhecimento especializado. Para alguns esta é uma situação desnorteante e por isso mesmo, para outros, instigante.

Qual a sua contribuição para esta discussão?

domingo, 25 de setembro de 2011

Que tal essa ideia?

Vídeo sobre a temática "consumo" produzido por alunos de LCM



Alunos: Gabriel, Victor, Lorena e Vanessa Goveia.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Viver Bem

Vídeo baseado na temática "consumo" produzido pelos alunos de LCM.



Alunos responsáveis pelo trabalho: Débora Corrêa, Gusthavo Crispim, Kássia Cristina, Matheus Medeiros, Ricardo Alves e Vanessa Perotoni.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O google deixa a gente mais burro?




Na verdade esta não é uma pergunta, mas uma afirmação do aluno de LCM, Ricardo Alves. Segundo ele, a facilidade no acesso às informações disponíveis pelo buscador tem contribuído para tornar as pessoas "mais burras".

Muitos foram os comentários durante a aula sobre Web 2.0. Alguns disseram que tudo vem "mastigado" pela internet e assim, ninguém se dá ao trabalho de aprofundar em nada. "Podemos saber sobre diversas coisas, mas sempre superficialmente", observou o aluno Ernesto Duarte.

A questão é que estamos vendo surgir uma nova forma de inteligência, que funciona por meio de associações e conexões, opinou Gabriel Newton, também aluno de LCM. Nesse sentido, o internauta é aquele que consegue organizar o conteúdo disperso na rede numa trama com lógica própria e que faça sentido para ele.

A discussão continua aberta.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"A semiótica não é um olho caolho sobre o mundo"

O professor Sandro de Oliveira concedeu entrevista sobre Semiótica para o nosso blog. Esta temática está sendo trabalhada com os alunos do 3º ano de Teorias da Comunicação.

Sandro de Oliveira é mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás. É professor no curso de Comunicação Social/Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás nas disciplinas de cinema e linguagem audiovisual. Tem experiência na área de comunicação e linguagens (tele)visuais, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, telejornalismo, imagem, produção, semiótica.



- Semiose é o processo de significação, segundo Peirce, é correto afirmar que este não é um campo de estudo exclusivo da semiótica?

Sandro - A gente pode concluir que signo não é um conceito exclusivo da semiótica, pois Saussure, por exemplo, usou o conceito de signo para fundar os prolegômenos da semiológia que lidava com um campo que era quase que seu co-irmão, a linguística. Penso que signo é um conceito sobre significação para vários campos onde está incluso o campo da linguagem, e linguagem é tudo, está em tudo. O uso do signo pode ser feito em vários campos: antropologia, sociologia, matemática, biologia, genética, etc. Por exemplo, quando divisamos um objeto a uma certa distância de nós e andamos a metade desta distância, indefinidamente, nunca chegaremos ao objeto em questão. O signo, por estar num estado de incompletude eterna, confirma esta máxima matemática, ou seja, o signo nunca será apto a representar seu objeto por completo. Outro exemplo do uso da semiose é no campo da medicina, em que há até uma área (semiologia) que lida com os sintomas dos pacientes.

Jô - Qual a relação entre semiótica e fenomenologia?

Sandro - Peirce dizia que a fenomenologia era uma quase-ciência, pois nos guiava no campo nebuloso da percepção dos fenômenos reais (materiais ou não) que chegam aos nossos sentidos. Era necessário para Peirce, num certo momento de seus estudos, tentar avaliar, divisar e classificar os modos como os nossos sentidos apreendem os fenômenos. E então, ele chegou até o número três, que de tão pequeno parece até pretensioso, somente 03 maneiras ou estágios que os nossos sentidos se utilizam para apreender os fenômenos. Eles são: a) a primeiridade (a qualidade tenra do fenômeno); b) a secundidade (a existência física não mediada do fenômeno) e; c) terceiridade (o fenômeno no campo das leis, das convenções).

Jô - Em sua opinião, quais as principais contribuições da semiótica para a análise da imagem?

Sandro - Quando vivemos, estamos num estado pleno e intenso de observar fenômenos. Alguns fenômenos são de ordem meramente qualitativa, por exemplo, um sopro que sentimos num dia frio, uma leve dor de cabeça, um odor no campo. Esses fenômenos podem estar na forma existencial, física, atingindo os nossos sentidos como um tapa no rosto, um choque elétrico, um tropeço na rua, etc. Ou estes fenômenos podem estar num estado de manifestação genérica, um sinal de trânsito, um ruído de sirene de ambulância, um apito de guarda policial, um texto, um símbolo qualquer. Todos os fenômenos que chegam aos nossos sentidos necessitam que tenhamos para com eles um estado intenso de observação para sabermos o que eles efetivamente são.

Quando vamos analisar um signo, podemos vê-lo de três maneiras, na relação com ele mesmo, na relação com o objeto dele, e na sua relação com um interpretante possível. E, para cada uma destas maneiras de enxergarmos o signo, temos três fases de análise, três maneiras de observarmos o signo, pois, como vivem na total incompletude e são vítimas do contexto e do ponto de vista da interpretação, o signo está sempre imerso num vasto campo de possibilidades. O quadro abaixo, tirado do livro de Teixeira Coelho, Semiótica, Informação e comunicação, nos dá uma clara imagem das possibilidades do signo.

Divisão dos signos

Categoria

O signo em relação a si mesmo

O signo em relação ao objeto

O signo em relação ao interpretante

Primeiridade

Quali-signo

Ícone

rema

Secundidade

Sin-signo

Índice

Dicente

Terceiridade

Legi-signo

Símbolo

argumento

Vamos então, iniciar o nosso percurso para vermos como podemos classificar uma imagem. Bem, uma imagem pode ser três coisas: uma qualidade (um sonho, um devaneio, uma visão de soslaio que temos), pode ser um existente material (uma foto, um filme, um quadro) ou pode ser uma lei, uma convenção, uma representação de algo que necessitamos de conhecimento técnico para apreendê-la (uma equação escrita no quadro negro). Esta é a leitura que temos desta imagem em relação a ela mesma, a sua materialidade e a sua existência como tal. É o signo em relação a ele mesmo. A primeira coluna do quadro acima.

Num segundo percurso de leitura da imagem, vamos lê-la em relação ao objeto que ela representa, ou como diz Peirce, o objeto para o qual ela está. Esta relação da imagem com o objeto pode estar inserida num campo de similaridade (um fragmento de filme mostrando fogo), numa relação de dedo apontado para o mundo (uma foto 3X4), ou numa relação de interpretação com alguma lei que lhe é intrínseca (uma placa indicando a contramão). Estamos na coluna dois do esquema.

Num terceiro e último viés de leitura da imagem, vamos tentar esquematiza-la em relação ao interpretante que ela gera, ou seja, a ideia de interpretação que ela provê numa certa mente interpretante (não vamos, erroneamente, antropomorfizar este termo, pois interpretante não é intérprete – muito menos humano, somente!). Assim, nesta relação do signo com o interpretante podemos ter uma possibilidade qualitativa, essência, hipótese (um quadro abstrato), apresentando-se ao interpretante como fatos existentes (o ponteiro da bússola) e podemos ter conclusões de leis, enunciado, uma proposição, um signo de raciocínio lógico que relaciona premissas sugerindo uma conclusão verdadeira (nota musical escrita num papel).

A imagem, segundo Peirce, está no campo dos índices, pois ela é um dedo indicado àquele algo que ela indica. As fotos, os hologramas, um pedaço de filme, um cartaz, uma placa de trânsito, todas indicam algo que está fora delas, uma significação que está fora delas. Contudo, esta maneira como as imagens significam não é una, pois como todos os fenômenos, a imagem também tem seus três campos de significação.

Eu posso analisar a imagem em relação a ela mesma: qual a sua (i-) materialidade? Uma imagem pode ser algo que se relaciona à visão que tenho dela como signo e em relação ao objeto que ela representa: vamos ver então, um exemplo, o arco-íris. O arco-íris é um sin-signo, pois é uma imagem evanescente, fugidia, mas meus olhos o vê, é um existente que é um signo. É também um ícone, pois não representa nada além dele mesmo. Posso dizer, sob determinado viés, que o arco-íris é um sin-signo icônico.

Outro exemplo, um quadro figurativista. Ele é um existente (sin-signo) que representa seu objeto numa relação de dedo apontado (indicial) e relaciona a imagem que o interpretante vê ao objeto que ela indica (dicente). Portanto, um quadro figurativista é, sob determinado ponto de vista, um sin-signo, indicial, dicente.

Jô - O que um estudante de audiovisual precisa saber sobre semiótica?

Sandro - A semiótica é um campo de estudo que pode dar ao estudante de audiovisual as ferramentas para poder analisar as imagens de maneira mais profunda, indo da materialidade da imagem (seu suporte, suas características que são geradas por estar num determinado suporte), da sua relação com o mundo com o qual ela se dialoga, inter-relacionando o mundo que é o objeto dinâmico da imagem com a feitura (produção) da mesma e vendo a possibilidade de como esta imagem afeta o público-alvo desta imagem, tentando ver, pragmaticamente, qual será o impacto sensório, visual e intelectual da imagem sobre os espectadores que a consomem.

Jô - Uma fragilidade da semiótica seria a sua visão imanentista e determinista, ou seja, um ramo do conhecimento pouco permeável às variáveis culturais e sócio-históricas, entre outros motivos por ser uma corrente teórica estruturalista. Como você analisa essas afirmações?

Sandro - Nunca fui pessoalmente tolhido de conclusões esclarecedoras acerca dos objetos aos quais me debrucei na minha curta vida de estudante de semiótica por causa da suposta pragmaticidade da semiótica. Há dois anos, orientei um trabalho sobre uma leitura semiótica de um filme sobre o pintor holandês Johannes Vermeer. Foi extremamente esclarecedor para mim e para minha aluna, Miriam Mesak, os caminhos que tomamos para analisar o filme. No final da monografia, havíamos nos aprofundado na feitura do quadro, o tempo de ideias que permeou a produção de Vermeer, os aspectos morais, culturais e políticos que se estabeleceram entre o pintor e o mundo que o rodeava e as questões estéticas que permearam a produção do filme, etc. Um diálogo prenhe de significações profundas foi estabelecido entre nós, provando que a semiótica não é um olho caolho sobre o mundo, mais uma possibilidade livre, viva e ágil de estudarmos os fenômenos a nossa volta.

Jô- Conforme a relação que mantém com o objeto, com o interpretante ou o com ele mesmo, o signo pode pertencer a dezenas de classes, segundo Peirce. Esse excesso de classificação não torna a semiótica muito complexa e de difícil entendimento? Ou ainda, confere à análise semiótica um caráter de mero exercício de abstração?

Sandro - Eu penso que toda ciência tem sua força e sua fragilidade. Gosto tanto da semiótica que só consigo ver potencialidades na sua aplicação. Por exemplo, agora mesmo, estou desenvolvendo meu projeto de doutorado sobre a presença do ator no cinema, e não vejo outra ferramenta capaz de poder analisar o ator na sua materialidade na tela, a sua presença na imagem do cinema, seus gestos, seu rosto imenso em close-up. Quanto mais vejo imagens, mais penso que a semiótica, conjugada com outras tantas áreas de investigação - teoria da imagem, fenomenologia, linguística, teoria da enunciação sonora, etc. -, é o viés mais apropriado para podermos não somente vermos imagens, pois isto fazemos o tempo todo. A semiótica me ajuda a olhar imagens. Sinto-me tão à vontade trafegando pelos caminhos da semiótica, que acho estranho alguém dizer que ela pode ser hermética ou inútil. Se é um exercício e se é abstrato, é ciência, e ciência nunca será descartável.

- Em que medida identificar um signo e classificá-lo modifica a semiose?

Sandro - Tenho medo de responder esta pergunta assim, tão categoricamente, pois me sinto somente um investigador, um amador que apalpa seu objeto à procura de respostas. O que posso dizer é que cada interpretante, munido de seu repertório de informações, experiências, vivências, será afetado pelo signo de maneira tão especial, insubstituível e intransferível, que nunca posso dizer que a semiose é um processo padronizado para o interpretante. O mundo dos fenômenos é tão vasto, caótico e imprevisível que cada processo de efetivação do signo é um processo único. Mas, aqui, estamos falando de duas coisas que, penso, são diferentes. A identificação do signo e sua classificação (como se fosse possível classificar o signo de maneira categórica, já que o signo vive sempre no constante movimento entre a onipresença das categorias fenomenológicas) é um processo meramente de tentativa de mecanicamente ver seu funcionamento nas várias possibilidades de encontro com o interpretante. Já a semiose é um fenômeno idiossincrático, inconstante, inalienável.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quem precisa de um celular?


Alguém conhece uma garota de 18 anos que não tem celular por opção? É claro que existe, mas a pergunta é se você conhece. Recentemente Vitória Magaña, aluna do 1º ano do curso de Audiovisual, durante uma aula de LCM sobre mídia e globalização, revelou, para uma turma perplexa, que não tem celular. Logo ela foi bombardeada por perguntas:

Por que você não tem?
Vitória - Não tenho vontade, não sinto falta.

Matheus - Mas não sente falta de falar com amigos?
Vitória - Pelo celular não. Acho até chato. Tenho uma amiga que não desgruda do celular um instante. Outro dia a gente tinha viajado e estava num lugar super bonito e ela de olho no celular o tempo todo.

Tayrini - E seus pais, usam celular?
Vitória - Minha mãe tem, mas quase nunca usa e meu pai usa mais para trabalho.

Tamara - Mas como os seus pais fazem para te achar, saber onde você está?
Vitória - Eles conhecem meus amigos, eu digo onde vou e com quem e tudo bem.

Débora - Eu quero uma mãe dessa.

Flávia - Minha mãe conhece a Tayrini há 11 anos e nunca deixa eu sair com ela sem celular...

(risos)

Na era da hiperconectividade ou da extrema vigilância, estar "desconectado" parece uma condição marginal, mas será que, em alguma medida, não pode ser um ato de insubordinação e liberdade?

domingo, 28 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

Consumo consciente é possível?


Adesivo colado próximo aos interruptores da Unidade de Goiânia Laranjeiras da UEG.
Ação proposta pelos alunos de LCM: Pablo, Tayrini, Vitória, Marcos e Thalita.

Como já diziam os frankfurtianos e aqui repetido por Zygmunt Bauman* a "sociedade de consumo tem como base de suas alegações a promessa de satisfazer os desejos humanos em um grau que nenhuma sociedade do passado pôde alcançar, ou mesmo sonhar, mas a promessa de satisfação só permanece sedutora enquanto o desejo continua insatisfeito; mais importante ainda, quando o cliente não está plenamente satisfeito [...]" (2008, p.63)

"O objetivo crucial, talvez decisivo, do consumo na sociedade de consumidores [...] é elevar a condição dos consumidores à de mercadorias vendáveis" (2008, p.76)

"Os membros da sociedade de consumidores são eles próprios mercadorias de consumo, e é a qualidade de ser mercadoria de consumo que os torna membros autênticos dessa sociedade.[...] 'Fazer de si mesmo uma mercadoria vendável é um trabalho do tipo faça-você-mesmo e um dever individual" (p.76)

Ecobaga's . Ação proposta pelos alunos de LCM:
Pablo, Tayrini, Vitória, Marcos e Thalita.

" A cultura consumista é marcada por uma pressão constante para que sejamos alguém mais. Os mercados de consumo se concentram na desvalorização imediata de suas antigas ofertas, a fim de limpar a área da demanda pública para que novas ofertas a preencham. Engendram a insatisfação com a identidade adquirida e o conjunto de necessidades pela qual se define essa identidade. Mudar de identidade, descartar o passado e procurar novos começos, lutando para renascer - tudo isso é estimulado por essa cultura como um dever disfarçado de privilégio" (p.128)

Bauman cita Arlie Russel Hochschild para falar sobre a "materialização do amor":
"O consumismo atua para manter a reversão emocional do trabalho e da família. Expostos a um bombardeio contínuo de anúncios graças a uma média diária de três horas de televisão (metade de todo o seu tempo de lazer), os trabalhadores são persuadidos a ' precisar' de mais coisas. Para comprar aquilo de que agora necessitam, precisam de dinheiro. Para ganhar dinheiro, aumentam sua jornada de trabalho. Estando fora de casa por tantas horas, compensam sua ausência do lar com presentes que custam dinheiro. Materializam o amor. E assim continua o ciclo"(2008, p.153)

* BAUMAN, Zymunt. Vida para consumo : a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Consumipterus Mundiallis

A música



A letra
Ela pega o cartão e se afoga no consumo
Gasta tudo o que tem, inclusive perde o rumo.
Descontrole emocional, compulsão pela beleza
Quando a roupa sai de moda, se afoga é na tristeza.

De tanto consumir, a mulher ficou biruta
Parar de comprar sapato para ela é uma luta
Teve que tomar remédio, tratamento e psiquiatra
Com consumo consciente, quase que ela se mata

REFRÃO

|Com consumo consciente vem o fim do desperdício
|Mas precisa ser esperto, pra conseguir fazer isso,
|A mídia vai te encher de mercham e enrolação...
|Fica esperto isso é inútil e não te faz falta não.

Dolce Gabbana, Calvin Klein, O Boticário e Adidas
E pra tratar p cabelo era só Seda Ceramidas
Na hora de pagar as contas, só no débito ou à vista
Só não comprava as pessoas que ela via na revista.

Sua vida acabou, quando ela viu
Que tinha todos os sapatos do mundo e do Brasil
Pra ir numa festa, não sabia qual usar...
Por falta de opção, começou a se tratar.

REFRÃO

|Com consumo consciente vem o fim do desperdício
|Mas precisa ser esperto, pra conseguir fazer isso,
|A mídia vai te encher de mercham e enrolação...
|Fica esperto isso é inútil e não te faz falta não

Letra e melodia: Thomaz Magalhães.

A definição
Nome cientifico: Consumipterus Mundiallis
Nome popular: Árvore do consumo
Originaria: Inglaterra desde o século XVIII
Características: Uma espécie de ser vivo pertencente ao reino plantae, na linha evolutiva pertence ao gênero gimnosperma. Sua espécie não esta em extinção, pelo contrário, vem crescendo cada vez mais devido a demanda comercial.
Precaução: Manter-se afastada da mesma, caso seja inevitável manter-se longe, procure fazer uso do consumo consciente.

Onde encontrar?
Há um exemplar disponível à visitação pública no pátio da Unidade Laranjeiras.

Atividade realizada para a disciplina de LCM do curso de Comunicação Social Audiovisual, pelos alunos:

Antônio Henrique Queiroz
Ana Kamila
Daniela Costa Helou
Micael Vieira
Tâmara Garcia
Thomaz A. Magalhães Tobias

sábado, 20 de agosto de 2011

Videorreciclagem

Produções do coletivo Media Sana

Alice no país da propaganda


O fundamentalismo econômico


#eudevolvi

Em uma sociedade cuja população é constantemente violentada por imagens publicitárias que incitam um consumo excessivo, a ideia de sustentabilidade e consumo inteligente parece uma utopia. Uma das estratégias mais agressivas dessa “frente pró-consumo” é a distribuição de panfletos em vias públicas, que comumente são descartadas da forma mais incorreta possível: sujando nossas ruas e criando um gasto excessivo de papel para a produção do material de divulgação. A simples colocação de um minúsculo letreiro contendo os dizeres “não jogue em vias públicas”, não deveria eximir de forma alguma a responsabilidade das empresas que tem como um de seus métodos comerciais, o uso desses recursos, mas sim delegar a elas a função de amenizar o problema que provocam: a poluição das vias públicas.

Tendo esses problemas como base, sentimos necessidade de criar uma campanha que tentasse afrontar isso diretamente, usando de certa irreverência e humor para, quem sabe, chegar a um patamar que provocasse nas empresas já citadas, o compromisso com a coleta e reciclagem do material que produzem.

A campanha tem como uma de suas ferramentas o uso das redes sociais para disseminar a idéia de juntarmos todos os folhetos possíveis que recebemos e de tempos em tempos devolvê-los aos entregadores para que esses devolvam às empresas contratantes, para que estas dêem um destino mais inteligente e ambientalmente correto ao material. Não menos importante, é a gravação em vídeo da devolução dos panfletos, o que confere um caráter inusitado e humorístico à campanha. Os vídeos podem ser postados no youtube e os links postados na página do Facebook #eudevolvi . Simultaneamente lançaremos a ideia no twitter por meio da red tag #eudevolvi para tentarmos criar uma força concreta na internet e chamarmos atenção da grande mídia e do governo.

Não custa nada, é divertido. Compartilhe essa ideia!

Ernesto Rheinboldt – estudante de Comunicação Social/ Audiovisual UEG

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O que é comunicável?

Atividade de expressão realizada no dia 15.08.11 com a turma de Teorias da Comunicação


Este é um ponto de encontro virtual das turmas de Leitura Crítica das Mídias e Teorias da Comunicação, do curso de Comunicação Social/Audiovisual da UEG. O espaço da sala de aula às vezes é limitado e o tempo de encontro presencial às vezes é breve. Portanto, este é um espaço permanente de reflexões e compartilhamento acerca de temáticas relativas à comunicação, ao audiovisual, à educação e a tudo o mais que se pretende comunicável.

Sejam bem-vind@s!

Jô Levy
Professora

Obs.:
O conteúdo já disponível neste blog (vide arquivo) foi migrado do blog lcmidias.blogspot.com, que em breve será desativado.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Audiovisual da UEG visita Salão de Arte Contemporânea

Frente a frente: Tamara e Sandro Gomide

A turma do 1º ano do curso de Comunicação Social/Audiovisual visitou o 1º Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste. Esta foi uma atividade multidisciplinar das disciplinas de Filosofia, Som 1 e Leitura Crítica das Mídias, respectivamente ministradas pelas professoras Cláudia Romano, Geórgia Cynara e Jô Levy.
Para ver as fotos clique aqui.

O primeiro salão
A exposição inaugurada no dia 28 de abril segue até o dia 18 de junho, no Centro Cultural da UFG, na praça Universitária.  Com o objetivo de criar um painel da produção contemporânea da região Centro-Oeste foram reunidas 33 obras nas categorias desenho, pintura, fotografia, objeto, vídeo-intalação, entre outras. Leia mais...

domingo, 17 de abril de 2011

A music video challenge




Faça um videoclipe com uma das três trilhas do DJ Moby disponíveis para download. Os trabalhos serão aceitos até 9 de maio de 2011.

Para saber mais copie e cole a URL no navegador: http://vimeo.com/saatchiandsaatchi

domingo, 27 de março de 2011

Comunicação e mediação tecnológica



Atenção passageiros internáuticos, tentarei agora acoplar duas experiências diferentes, porém, próximas no âmbito espaço-temporal.

Para os meus colegas do curso de " Formação Pedagógica, Tecnológica e de Gestão em EaD" apresento este blog que criei em 2010 para trabalhar a disciplina de Leitura Crítica das Mídias com a turma do 1º ano do curso de Comunicação Social/Audiovisual da UEG (em breve, as atividades de 2011 provocará a atualização do blog). Aos meus alunos da UEG, navegantes desses espaços, esclareço que este post é parte das atividades provocadas pelo módulo "Comunicação e mediação tecnólogica", do curso ao qual me referi anteriormente, sendo este ministrado pelo professor Cleomar Rocha.

Educação e Comunicação

As discussões suscitadas acerca do tema "comunicação e mediação tecnológica" me conduziram a refletir sobre a proximidade ou, melhor dizendo, a indissocialibilidade  entre comunicação e educação. A prática educativa é um ato comunicativo. Desde as formas mais prosaicas de educação como sendo a transmissão de conhecimento de gerações mais antigas às mais novas até a compreensão de educação como conhecimento compartilhado, podemos situar a experiência da educação como eminentemente comunicativa.

O problema é que historicamente o ensino formal tratou de dissociar uma coisa da outra. O conhecimento ficou fixado no currículo, literalmente, preso em uma grade curricular. À despeito da rigidez do ensino formal, a comunicação seguiu se reinventado por meio de recursos tecnológicos que reconfiguraram a noção de tempo-espaço e por isso mesmo implementou novas práticas comunicativas.

Como uma prática comunicativa, a educação depende do encontro, aqui entendido como o contato necessário à troca. A meu ver, não há educação qualitativamente comunicativa sem contato e o que podemos constatar é que isso independe da presencialidade, assim como não se propicia o contato entre pessoas apenas como uma consequência natural do uso de recursos tecnológicos.

A educação massiva (não dialógica) é um fenômeno já rotineiro no ensino presencial. Constituiu-se historicamente como uma comunicação de um (professor) para muitos (a classe). Transposta para a modalidade a distância, como tão bem frisou o professor Cleomar, a educação massiva potencializa-se.

Comentei que esse este blog era meu protótipo de módulo H, porque dele me utilizo para ampliar as experiências de sala, conhecer melhor meus alunos em outros ambientes, aprofundar discussões que não se esgotaram nas aulas, provocar meus alunos a criar, produzir conteúdos, compartilhar conteúdos disponíveis na internet, enfim, aprender a comunicar, comunicar o que aprendeu e colaborar com o aprendizado do outro.

O conhecimento colaborativo, tão próprio da web 2.0, talvez seja o prenúncio de novas possibilidades de conciliação entre educação e comunicação. E, de fato, a "educação 2.0" prefigura uma nova mentalidade e reconfigura o ato de ensinar e aprender.



Análise SWOT

Segundo Rocha, a Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.

O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

Análise SWOT do blog "lcmidias"

Forças: Ponto de encontro entre os alunos da disciplina de Leitura Crítica das Mídias do curso de Audiovisual. Espaço para o compartilhamento de ideias e aprofundamento de discussões relativas às mídias. Espaço para a produção colaborativa de conhecimento.  

Fraquezas: O blog esta "desconectado" das redes sociais para onde afluem a maioria dos alunos e internautas em geral. Como ferramenta para produção colaborativa apresenta limitações técnicas.


Oportunidades: Tornar-se efetivamente um Ambiente de Gestão de Aprendizagem.

Ameaças: O blog não tem uma sistema que comunique automaticamente aos seus seguidores as atualizações nele realizadas. O número de acessos é reduzido, se considerado os números superlativos da web.

Afinal, o que Jerome Armstrong falou?

Na sexta-feira (25/03) esteve no auditório da FAV, Jerome Armstrong. O bate-papo pode ser acompanhado pelo twitter e está disponível no link @eventoslime

Da conversa que durou quase 2 horas, em minha opinião, a melhor questão foi levantada por um estudante que perguntou se ele (Armstrong) trabalha com "ativismo ou negócio". Sim, no Brasil estas palavras tem conotações muito distintas. O que entendemos por aqui como sendo ativismo, tem invariavelmente uma finalidade social, o que é muito diferente do ativismo político americano ao qual Armstrong se referia. Nesse sentido, o trabalho dele como ativista é um negócio, is business.

A conversa, um tanto evasiva, careceu de uma melhor apresentação da empresa de Armstrong, qual (conceitual e metodologicamente) seu modelo de negócios. Na falta de uma palestra assim sistematizada, dado o seu caráter de bate-papo, então que nos fossem apresentados mais cases, assim poderíamos nos "entreter" com a sua experiência profissional.