domingo, 21 de agosto de 2011

Consumo consciente é possível?


Adesivo colado próximo aos interruptores da Unidade de Goiânia Laranjeiras da UEG.
Ação proposta pelos alunos de LCM: Pablo, Tayrini, Vitória, Marcos e Thalita.

Como já diziam os frankfurtianos e aqui repetido por Zygmunt Bauman* a "sociedade de consumo tem como base de suas alegações a promessa de satisfazer os desejos humanos em um grau que nenhuma sociedade do passado pôde alcançar, ou mesmo sonhar, mas a promessa de satisfação só permanece sedutora enquanto o desejo continua insatisfeito; mais importante ainda, quando o cliente não está plenamente satisfeito [...]" (2008, p.63)

"O objetivo crucial, talvez decisivo, do consumo na sociedade de consumidores [...] é elevar a condição dos consumidores à de mercadorias vendáveis" (2008, p.76)

"Os membros da sociedade de consumidores são eles próprios mercadorias de consumo, e é a qualidade de ser mercadoria de consumo que os torna membros autênticos dessa sociedade.[...] 'Fazer de si mesmo uma mercadoria vendável é um trabalho do tipo faça-você-mesmo e um dever individual" (p.76)

Ecobaga's . Ação proposta pelos alunos de LCM:
Pablo, Tayrini, Vitória, Marcos e Thalita.

" A cultura consumista é marcada por uma pressão constante para que sejamos alguém mais. Os mercados de consumo se concentram na desvalorização imediata de suas antigas ofertas, a fim de limpar a área da demanda pública para que novas ofertas a preencham. Engendram a insatisfação com a identidade adquirida e o conjunto de necessidades pela qual se define essa identidade. Mudar de identidade, descartar o passado e procurar novos começos, lutando para renascer - tudo isso é estimulado por essa cultura como um dever disfarçado de privilégio" (p.128)

Bauman cita Arlie Russel Hochschild para falar sobre a "materialização do amor":
"O consumismo atua para manter a reversão emocional do trabalho e da família. Expostos a um bombardeio contínuo de anúncios graças a uma média diária de três horas de televisão (metade de todo o seu tempo de lazer), os trabalhadores são persuadidos a ' precisar' de mais coisas. Para comprar aquilo de que agora necessitam, precisam de dinheiro. Para ganhar dinheiro, aumentam sua jornada de trabalho. Estando fora de casa por tantas horas, compensam sua ausência do lar com presentes que custam dinheiro. Materializam o amor. E assim continua o ciclo"(2008, p.153)

* BAUMAN, Zymunt. Vida para consumo : a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

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